quinta-feira, 16 de julho de 2009
Clevane Pessoa: profissional da poesia e da paz
Texto e foto de Brenda Mar(que)s Pena*
Hoje é aniversário de Clevane Pessoa de Araújo Lopes, Cônsul de Poetas del Mundo em Belo Horizonte, vice-presidente do Instituto Imersão Latina, Embaixadora Universal da Paz, representante do Movimento aBrace (Brasil/Uruguay), entre outros títulos como ativista cultural.
Essa poeta incansável publicou em setembro de 2006 em seu site: http://clevanepessoa.net/ uma crônica muito boa para nós pensarmos o papel de nós como Poetas de Mundo na luta pelo lugar da poesia na sociedade. Vida longa a esta que tanto colabora pela solidariedade entre escritores e povos!
Profissão Poeta
(Crônica de Clevane Pessoa)
A profissão de poeta não existe para as Leis Brasileiras. Mas os poetas resistem, subsistem, insistem em ser os emissários da Poesia. A abrangente Poiesis grega, era a poética social, por excelência, na ágora, no agora. Os que escrevem Poesia, perversamente colocados na categoria de aluados, alienados, boêmios-e por que não loucos (talvez enlouquecidos pelas pressões, alcoolescidos pelas necessidades de preencher espaços, de estar com, para ser), cuja lucidez o passar inexorável do tempo costuma revelar, são pessoas capazes de captar tudo que transcende, enquanto registra tudo que existe.
Nesse fazer poético, muitos se vêem em dilemas: como levar o pão para casa, ser provedor da família ou de si mesmo, se não há um salário? Se o editor que entrega dinheiro para o autor escrever tranqüilo, no Brasil, acontece, em geral, somente para uns poucos ases reconhecidos? Ou sabemos deles vendo filmes de outros países? Também quero, conforme todos os outros - poetas, um adiantamento, para adiantar meus livros...
Desconhecidos, mas reais, invisíveis trabalhadores da palavra. Recriadores do verbo. Os que falam o linguajar diáfano dos anjos. Os que gritam com o berro primal dos que guerreiam. Poetas. Leila Miccolis, a incansável militante cultural (*), organizou uma listagem histórica: "Poetas, Quantos somos?" Gosto de estar lá, de encontrar ali, um registro de meu fazer poético. Somos muitos registrados, mas quantos não estarão? E quem é mesmo poeta? O apaixonado que fale bonito para impressionar a amada, ou dar vazão ao volume de águas da paixão no peito? Talvez.
Ser poeta não é nada passageiro, porém , saibam vocês. Ser poeta é ter vindo ao mundo com im/perceptíveis sinais de nascença. É um permanente estado de ser, estar, fazer. Os poetas se sabem. Farejam-se e se encontram. Somos uma casta, depurada e corajosa. Queiram os fazedores de leis ou não.
(Os demais Poetas del Mundo de Belo Horizonte, podem enviar material para publicarmos neste blog pelo e-mail: brendajornalista@gmail.com. Nos conte qual a sua data de aniversário, pois com certeza cada um tem sua importância no movimento.)
*Jornalista, Poeta e fotógrafa, Presidente do Institututo Imersão Latina. Cônsul de Poetas del Mundo pela Zona Leste de Belo Horizonte/Minas Gerais.
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Brenda, como foi feliz em garimpar e encontrar esse texto para homenagear a aniversariante Clevane Pessoa! Foi bom o encontro, ontem, para abraçá-la e a vocês. colegas Poetas del Mundo e amigos.
ResponderExcluirbjs
Bilá Bernardes