terça-feira, 29 de junho de 2010

XVII Prêmio Cidade de Conselheiro Lafaiete recebe crônicas, contos e poesias


Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette
EDITAL n. 1/2010

- Concurso Literário Internacional -
A ACADEMIA DE CIÊNCIAS E LETRAS DE CONSELHEIRO LAFAYETTE torna
públicas as normas para o XVII Concurso Literário Internacional “Prêmio Cidade de
Conselheiro Lafaiete”, que será regido pelas seguintes disposições:

DOS OBJETIVOS
Art. 1º. O “Prêmio Cidade de Conselheiro Lafaiete” foi instituído em 1994 pela
Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette – ACLCL – e vem sendo
concedido anualmente, ininterruptamente, com o objetivo de incentivar e divulgar a cultura
literária, tanto em prosa como em verso, e estimular a produção e a divulgação das obras de
poetas e prosadores em língua portuguesa.

DA ABRANGÊNCIA
Art. 2º. Poderão participar do concurso quaisquer escritores em língua portuguesa,
que possuam maioridade civil na data da inscrição, observada a legislação dos países de
origem.

DAS CATEGORIAS
Art. 3º. Os trabalhos poderão ser inscritos nas categorias abaixo discriminadas e
deverão obedecer às características a elas pertinentes:
a) Conto;
b) Crônica;
c) Poema (exceto soneto);
d) Soneto.

Art. 4º. Os trabalhos deverão ser inéditos, inclusive em meio eletrônico.
Parágrafo único – Caso seja detectada a participação de trabalho que não seja inédito, se a
detecção for feita antes da premiação, o trabalho será desclassificado; se for feita depois, o
prêmio será cassado, sem prejuízo das ações judiciais cabíveis.

DA INSCRIÇÃO
Art. 5º. A inscrição dar-se-á com o envio dos trabalhos e da documentação exigida
para: Concurso Literário Internacional “Prêmio Cidade de Conselheiro Lafaiete”, Caixa
Postal 111, Conselheiro Lafaiete – MG, CEP.: 36.400-000.
Art. 6º. O prazo de inscrição é de 1º. (primeiro) de junho a 30 (trinta) de setembro de
2010 (dois mil e dez).
§ 1º. Para a inscrição de trabalhos será considerada a data da postagem.
§ 2º. Os trabalhos inscritos fora do prazo estarão automaticamente
desclassificados.
§ 3º. Deverá constar como remetente o mesmo endereço do destinatário, ou seja,
Caixa Postal 111, 36.400-000, Conselheiro Lafaiete, MG, para que não haja identificação.
Art. 7º. Os trabalhos deverão ser enviados em 3 (três) vias, impressos em um só
lado do papel, e deverão conter, no cabeçalho da primeira folha, nesta ordem: a categoria
em que concorrem, o pseudônimo do autor e o título do trabalho.
Parágrafo único – Qualquer informação, no trabalho ou em seu teor, ou em qualquer parte
do envelope externo, que identifique o autor, tornará o trabalho, automaticamente,
desclassificado.
Art. 8º. Juntamente com o(s) trabalho(s), deverá ser enviado um envelope lacrado,
identificado externamente apenas com o pseudônimo do autor e o nome das obras com as
quais concorre, e dentro do qual deverão estar:
a) O nome completo do autor e o seu pseudônimo;
b) As categorias e os nomes dos trabalhos com os quais concorre;
c) O endereço convencional completo do autor e o número de ao menos um telefone
para contato;
d) Endereço eletrônico (e-mail) para contato, se possível, podendo ser de uma pessoa
conhecida;
e) Cópia legível do documento de identidade do autor;
f) Comprovante de depósito da taxa de inscrição.
Parágrafo único – Será automaticamente desclassificado o concorrente que usar o mesmo
pseudônimo com que concorreu na versão 2009 deste concurso.
Art. 9º. A taxa de inscrição é de R$10,00 (dez reais) por trabalho inscrito.
§ 1º. – Cada autor poderá concorrer com até 3 (três) trabalhos por categoria.
§ 2º. – O depósito deverá ser feito na conta corrente n. 11229-3 da agência n. 1429 do
Banco Itaú S.A, em favor da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette,
CNPJ n. 73.716.680/0001-18.
§ 3º. – As inscrições que partirem de fora do território brasileiro ficarão isentas do
pagamento da taxa de inscrição que, sendo simbólica, ocasionará mais ônus com o envio do
dinheiro do que com a própria taxa de inscrição, ficando substituída pelas majoradas
despesas de postagens internacionais.


DO JULGAMENTO
Art. 10. O julgamento dos trabalhos será feito por uma junta de 3 (três) julgadores
para cada categoria.
Parágrafo único – Os nomes dos 12 (doze) julgadores, de ilibada reputação e de
reconhecida capacidade lingüística e literária, serão indicados pela Comissão Organizadora
e aprovados pela Assembleia Geral Ordinária da ACLCL.
Art. 11. O julgador atribuirá a cada trabalho, individualmente, nota de 5 (cinco) a 10
(dez), admitidas três casas decimais.
Art. 12. Não será admitido empate em uma mesma categoria, nas 5 (cinco) primeiras
colocações. Havendo notas coincidentes, o desempate será feito pelo critério idade, saindo
vencedor o concorrente mais novo, com o objetivo de incentivo.

DA DIVULGAÇÃO DO RESULTADO
Art. 13. O resultado estará disponível no site da ACLCL (www.aclcl.org.br) a partir
do dia 30.10.2010 (trinta de outubro de dois mil e dez).
Parágrafo único – A ACLCL enviará comunicado aos classificados até o 5º. (quinto) lugar
em cada categoria.

DA PREMIAÇÃO
Art. 14. Serão concedidos, aos autores dos trabalhos que obtiverem as 5 (cinco)
primeiras colocações em cada categoria, os seguintes prêmios:
1º. lugar – troféu, certificado e publicação, sem ônus para o autor, em antologia;
2º. e 3º. lugares – medalha, certificado e publicação, sem ônus para o autor, em antologia;
4º e 5º. lugares – certificado.
Parágrafo único – As publicações em antologia dependerão de autorização prévia, por
escrito, do autor, que, autorizando, receberá 1 (um) exemplar da publicação.
Art. 15. Independente da classificação anterior, a mesma premiação será concedida,
sob as mesmas condições, como prêmio especial, aos trabalhos que versarem sobre a cidade
de Conselheiro Lafaiete.
Art. 16. Os originais não serão devolvidos sob nenhuma hipótese e, após divulgados
os resultados, serão incinerados.
Art. 17. A solenidade de premiação será realizada na festividade de fim de ano da
ACLCL, no Município de Conselheiro Lafaiete, em data, local e horário a serem
divulgados juntamente com o resultado do concurso.
Parágrafo único – Caso não possa comparecer à solenidade de premiação, é facultado ao
ganhador fazer-se representar.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 18. A ACLCL não remeterá os prêmios, por qualquer meio, aos ganhadores.
Parágrafo único – Os prêmios dos que não comparecerem e não se fizerem representar,
ficarão à disposição na sede da ACLCL, mediante contato prévio, até 90 (noventa) dias
após a solenidade de premiação, quando serão inutilizados.

Art. 19. Os inscritos, pelo simples ato de inscrição, declaram concordar com todas as
disposições do presente edital.
Parágrafo único – O não cumprimento, por qualquer inscrito, das disposições deste edital,
tornará a inscrição sem efeito.

Art. 20. Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora, cuja
decisão será irrecorrível, respeitadas as leis maiores.

Conselheiro Lafaiete, 29 de maio de 2010.

Douglas de Carvalho Henriques
Presidente

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Prefacio.Net Descaso

Prefacio.Net Descaso

Bolão Poético da COPA IMEL


Bolão Poético do IMEL
La poética Jabulani está rodando ....
Este es otro de los poemas seleccionados para participar en nuestra poética pelota. Vea las reglas en: http://imersaolatina.blogspot.com/2010/06/copa-2010-nos-da-poesia-em-campo.html y participe mediante el envío de 1-5 poemas para nosdapoesia@imersaolatina.com

La vida en Braille

Los ciegos no quieren ser héroes
Ellos quieren ser como son
Las batallas, hay que ganarlas todos los días
Los obstáculos que sólo ellos viven
Es algo que se mira, pero no se dá cuenta
Yo llamo a esto la ceguera del alma
Lo que nos impide ver los que estan cerca
En un mundo tan lleno de defectos
¿Qué se considera para cambiar el canal
Para conectar, a caminar
Lo que sigue siendo bueno, nos estamos quemando
Devastador, convirtiéndose en un lujo
Lo que pronto se convertirá en basura en el nombre de la moda.
Oye, tú: cierra los ojos por un momento
lejos se escucha mejor
La gente siente los aromas en la distancia
?Usted puede imaginar el mundo más colorido?
Los ciegos miran en dentro.
Y la imaginación se converte
en una forma de ver la vida
Finalmente nos convencen
Que el mundo aún puede ser bello
Dado que todos cerramos los ojos
Y en Braille sepamos redescubrir
La textura de la vida

Marina Mara
Selección: Argentina


A vida em Braille

Os cegos não querem ser heróis
Querem ser como são - normais
As batalhas que vencem dia a dia
Os obstáculos que só eles notam
É coisa de quem vê, mas não enxerga
Chamo essa de cegueira da alma
A qual nos impede de enxergar o próximo.
Em um mundo tão cheio de mazelas
As quais se vê ao mudar o canal
Ao conectarmos, ao caminharmos
O que resta de bom, estamos queimando
Devastando, transformando em luxo
Que logo se tornará lixo em nome da moda.
Ei, você: feche os olhos por um instante
Vês como agora você ouve melhor?
Vês que sentes pessoas e aromas ao longe?
Vês que podes imaginar o mundo mais colorido?
Nós cegos também vemos.
E de tanto termos a imaginação
Como modo de ver a vida
Acabamos por nos convencer
De que o mundo ainda pode ser belo
Desde que todos fechemos os olhos
Para, em Braille, redescobrirmos
A verdadeira textura da vida.

Marina Mara
Seleção: Argentina

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Lei de Proteção Animal - Faça a sua parte!

O Deputado Edson Portilho, do Rio Grande do Sul, teve a desventura de criar um projeto de lei que permite que os animais sejam torturados e
sacrificados em rituais religiosos.

O parlamentar, sabendo que os protetores dos animais se manifestariam, fez a seguinte trama: marcou a apresentação para votação
da lei num dia de julho, mas fez um chamado urgente e marcou a reunião às pressas, mais cedo. Os únicos avisados foram os demais deputados. Ou
seja: não havia defesa.

Os animais não tiveram oportunidade de ter pessoas que os representassem. Quem poderia responder por eles? E aconteceu o que mais
temíamos: houve 32 votos contra os animais e apenas 2 a favor. Os animais agora poderão ter olhos e dentes arrancados e cortados em vários
pedaços para fazer o tal Banho de Sangue. Os animais que não servem mais para o ritual são mortos a sangue frio, conscientes e sem qualquer anestesia.

Assine a favor da defesa da vida animal, ajudem a Lei de proteção animal:

''É rapido, so preencher o formulario no link abaixo''

http://www.leideprotecaoanimal.com.br/?page_id=24


Não podemos deixar uma barbaridade dessas assim.

Precisamos de 500 MIL assinaturas.
Repassem para o máximo de pessoas!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Contribuição por email

Marta Reis e Karina Campos, ambas de Contagem, MG, divulgam evento beneficente e convidam à participação. Cliquem na imagem para ampliar.

domingo, 20 de junho de 2010

Bolão Poético da Copa Imersão Latina - A verdadeira Cor da PAZ


Esse é um dos poemas enviados para o Bolão Poético da Copa do Imersão Latina. Participe você também. Mande hoje mesmo de 1 a 5 poemas de sua autoria para: nosdapoesia@imersaolatina.com.

Os poemas classificados serão publicados neste site e haverá votação do dia 26 de junho a 11 de julho para escolha dos melhores que ganharão prêmio de edição no livro Nós da Poesia volume 2.

Leia o regulamento do concurso:

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Manias de escritores

O jornal argentino La Nacion publicou recentemente uma matéria divertida, relacionando alguns escritores locais e suas manias na hora de escrever. Manias que também podem ser encaradas como dicas para escritores iniciantes ou em busca de um método. A verdade é que, a julgar pela diversidade de opções, pela total disparidade de hábitos, é melhor cada um desenvolver seu próprio jeito. De qualquer forma, não deixa de ser estimulante ver que gênios como Borges adotavam estratégias simples, quase pueris, como anotar seus sonhos de manhã. E que outros, como o iconoclasta argentino Fogwill, preferem não ter método nenhum, e assim confiar no caos do momento.

Leia o artigo em: http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1274119

Publicado no blog da FLIP

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Introspecção Delasnieve Daspet.avi

BRASIL: PRA FRENTE OU PRA TRÁS?

Caros amigos,

Um grupo de deputados estão tentando enfraquecer proteções ambientais, matando nosso Código Florestal. Vamos deixar claro que os brasileiros não permitirão um retrocesso na proteção das nossas florestas. Clique abaixo:

Envie uma mensagem agora!

É chocante, mas o congresso brasileiro poderá abrir oficialmente uma "temporada de desmatamento", nas 5 regiões do Brasil, significando um retrocesso de décadas em proteção ambiental!

Mais de 70 deputados da bancada ruralista, representando os intersses do agro-negócio, estão tentando enfraquecer o Código Florestal brasileiro. Se eles conseguirem, milhões de hectares deixarão de ser protegidos por lei! Esta poderá ser a maior derrota ambiental para o Brasil em décadas!

O Congresso está dividido - há uma forte oposição dos parlamentares ambientalistas mas os dois maiores partidos, o PT e o PMDB, ainda não assumiram uma posição. Porém, a não ser que haja uma grande pressão popular, é provável que eles se alinhem com os ruralistas para ganhar apoio político nas eleições de outubro. Chegou a hora de mostrar o que o Brasil quer! Vamos enviar milhares de mensagens direto para os emails dos líderes partidários, eles estão negociando o posicionamento dos seus pertidos agora mesmo! Clique abaixo e envie a sua:

http://www.avaaz.org/po/mensagem_codigo_florestal/?vl

As propostas mais perigosas são: a anistia irrestrita ao desmatamento ilegal ocorrido até 2008, a eleminação da Reserva Legal para propriedades de até 4 módulos rurais inclusive na Amazônia e a transferência da regulamentaçõa para o nível estatal, flexibilizando a lei. As propostas são uma grave ameaça à preservação ambiental, reduzindo dramaticamente as áreas atualmente protegidas.

Grupos ambientais estão fazendo tudo o que podem para impedirem os ruralista, mas eles precisam de nossa ajuda. Mais de 90.000 brasileiros assinaram a petição para salvar o Código Florestal em menos de duas semanas. Mas agora nós precisamos aumentar a pressão e enviar milhares de mensagens ao líderes partidários. Os líderes estão negociando o posicionamento dos partidos agora mesmo - envie uma mensagem para eles, deixando claro que não queremos alterações no Código Florestal!

http://www.avaaz.org/po/mensagem_codigo_florestal/?vl

Nós precisamos acabar com o mito de que a preservação ambiental é uma ameaça ao desenvolvimento. Um estudo recente mostra que o Brasil possui mais de 100 milhões de hectares disponíveis para agricultura, ou seja, há terra suficiente para produzir. O Brasil tem o privilégio de ser um país rico em recursos naturais e temos a rara oportunidade de crescer de forma sustentável. É nossa responsabilidade desenvolver e preservar ao mesmo tempo. Envie uma mensagem agora, não deixe que eles acabem com o Código Florestal!

Com esperança,

Graziela, Alice, Ricken, Ben, Iain, Milena, Mia e toda a equipe Avaaz

Leia mais sobre o assunto:

País tem 100 milhões de hectares sem proteção - Estadão:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100505/not_imp547054,0.php

Apagão Ambiental: seria cômico, não fosse trágico - IPAM:
http://www.ipam.org.br/blogs/Apagao-Ambiental-seria-comico-nao-fosse-tragico/67

Marina: mudança no Código Florestal é retrocesso:
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/06/10/marina-mudanca-no-codigo-florestal-retrocesso-298695.asp

Ambientalistas criticam o texto apresentado pelo relator sobre o novo Código Florestal Brasileiro:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/06/09/politica,i=196793/AMBIENTALISTAS+CRITICAM+O+TEXTO+APRESENTADO+PELO+RELATOR+SOBRE+O+NOVO+CODIGO+FLORESTAL+BRASILEIRO.shtml

Jaak Bosmans

sexta-feira, 11 de junho de 2010

ESTATUTO DE POETA

Primeiro Rascunho Para um Esboço de Projeto Amplo, Total e Irrestrito
Silas Corrêa Leite
Artigo Um
Todo Poeta tem direito de ser feliz para sempre, mesmo além do para sempre ou quando eventualmente o “para sempre” tenha algum fim.
Artigo Dois
Todo Poeta poderá dividir sua loucura, paixão e sensibilidade com mil amores, pois a todos amará com o mesmo prelúdio nos olhos, algumas asas nas algibeiras e muitas cítaras encantadas na alma, ainda assim, sem lenço e sem documento.
Parágrafo Único
Nenhum Poeta poderá ser traído, a não ser para que a ex-Musa seja infeliz para todo o resto dos dias que lhe caibam na tábua de carne desse Planeta Água.
Artigo Três
Nenhum Poeta padecerá de fome, de tristeza ou de solidão, até porque a tristeza é a identidade do Poeta, a solidão a sua Pátria, sendo que, a fome pode muito bem ser substituída por rifle ou cianureto. E depois, um poeta não precisa de solidão para ser sozinho. É sozinho de si mesmo, pela própria natureza, com seus encantários, mundo-sombra e baladas de incêndio.
Artigo Quatro
A Mãe do Poeta será o magno santuário terreal de seus dias de lutas e sonhos contra moinhos e erranças de gracezas e iluminuras.
Filho de Poeta será como caule ao vento, cálice de liturgia, enchente em rio: deverá adaptar-se ao Pai chamado de louco por falta de lucidez de comuns mortais ou velado elogio em inveja espúria.
Artigo Quinto
Nenhum Poeta será maior que seu país, mas nenhuma fronteira ou divisa haverá para o Poeta, pois sua bandeira será a justiça social, pão, vinho, maná, leite e mel, além de pétalas e salmos aos que passaram em brancas nuvens pela vida. E depois, uns são, uns não, uns vão, uns hão, uns grão, uns drão – e ainda existem outros.
Artigo Sexto
A todo Poeta será dado pão, cerveja, amante e paixão impossível, o que naturalmente o sustentará mental e fisiológicamente em tempos tenebrosos ou de vacas magras, de muito ouro e pouco pão.
Artigo Sétimo
Nenhum Poeta será preso, pois sempre existirá, se defenderá e escreverá em legítima defesa da honra da Legião Estrangeira do Abandono, à qual sabe pertencer, com seu butim de acontecências, ou seu não-lugar de, criando, ser, estar, permanecer, feito uma letargia, um onirismo.
Artigo Oitavo
A infinital solidão do espaço sempre atrairá os Poetas.
Artigo Nono
Caso o Poeta viaje fora do combinado, tome licor de ausência ou vá morar no sol, nunca será pranteado o suficiente, nem lhe colocarão tulipas de néon, dálias aurorais, estrelícias de leite ou dente-de-leão sob o corpo que combateu o bom combate. Será servido às carpideiras, amigos, parentes, anjonautas e guardiões, vinho de boa safra por atacado, mais bolinhos de arroz, pão de minuto e cuque de fubá salgado.
Artigo Décimo
Poeta não precisará mais do que o radar de seus olhos, as suas mãos de artesão sensorial no traquejo do cinzel interior, criativo, sua aura abençoada e seu halo com tintas de luz para despojar polimentos íntimos em verso e prosa, como pertencimentos, questionários e renúncias.
Artigo Décimo-Primeiro
Poeta poderá andar vestido como quiser, lutar contra as misérias e mentiras do cotidiano (riquezas impunes, lucros injustos), sempre buscando pela paz social, ou ainda mamando na utopia de uma justiça plural-comunitária. Quem gosta de revolução de boteco é janota boçal metido a erudição alcoólica e pseudo-intelectual seboso e burguês. Poeta gosta mesmo de humanismo de resultados. De pegar no breu. A luta continua!
Artigo Décimo-Segundo
Poeta pode ser Professor, Torneiro-Mecânico, Operário, Jardineiro, Fabricante de Bonecas, Vigia-Noturno, Engolidor de Fogo, Entregador de Raposas, Dono de Bar ou Encantador de Freiras Indecisas. Poeta só não poderá ser passional, insensível, frio ou interesseiro. Ao poeta cabe apenas o favo de Criar. O poeta escreve torto por linhas tortas (um gauche), poesilhas (poesia rueira e descalça) e ficção-angústia. Escreve (despoja-se) para não ficar louco...para livrar do que sente. O Poeta, afinal, é um “Sentidor”
Artigo Décimo-Terceiro
Se algum Poeta for acusado levianamente de alguma eventual infração ou crime, a dúvida o livrará. E se o Poeta dizer-se inocente isso superará palavras acima de todos e sua fala será sentença e lei. A ótica do Poeta está acima de qualquer suspeita, e ele sempre é de per-si mesmo o local do crime da viagem de existir. Mas pode colaborar com as autoridades, cometendo um crime perfeito. Afinal, só os imbecis são felizes.
Parágrafo Único
Poeta não erra. Refaz percursos. Poeta não mente. Inventa o inexistente, traduz o impossível, delata o devir. Poeta não morre. Estréia no céu.
Artigo Décimo-Quarto
Aos Poetas serão abertas todas as portas, até as invisíveis aos olhos vesgos e comuns dos mortais anônimos, serão abertos todos os olhos, todas as almas, todos os caminhos, todas as chamas, todos os cântaros de lágrimas e desejos, todos os segredos dessa dimensão ou fora dela, num desespelho de matizes.
Artigo Décimo-Quinto
A primeira flor da primeira aurora de cada dia novo, será declarada de propriedade do Poeta da rua, do bairro, do país ou de qualquer próximo Poeta a confeitar como louco, como ermitão ou pioneiro, de vanguarda. Em caso de naufrágio ou incêndio, poetas e grávidas primeiro
Artigo Décimo-Sexto
Não existe Poeta moderno, clássico, quadrado, matemático como pelotão de isolamento, ou só aleijado por dentro, pois as flores e os rios não nascem nunca iguais aos outros, sósias, nem os poemas são tijolos formais. Nenhum Poeta poderá produzir só por estética, rima ou lucro fóssil. Poesia não é para ser vendida, mas para ser dada de graça. Um troco, um soneto, uma gorjeta, um haikai, um fiado pago, uns versos brancos, um salário do pecado, um mantra-banzo-blues. E todo alumbramento é uma meia viagem pra Pasárgada.
Poeta é tudo a mesma coisa, com maior ou menor grau de sofrimento e lições de sabedoria dessas sofrências, portanto, com carga maior ou menor de visão, lucidez, sensoriedade canalizada entre o emocional e o racional, de acordo com a sua bagagem, seu vivenciar, seu prisma existencialista de bon vivant. Poeta há entre os que pensam e os que pensam que pensam. Entre os que são e os que pensam que são. A todos é dado a estrada de tijolos amarelos para a empreita de uma caminhada que o madurará paulatinamente. Ou não. Todo poeta é aprendiz de si mesmo, em busca de uma pegada íntima, e escreve para oxigenar a alma. Afinal, são todos sementes, e sabem que precisam ser flores e frutos, para recriarem, para sempre, a eterna primavera.
Todo aquele que se disser Poeta, assim o será, ou assim haverá de ser
Parágrafo Um
O verdadeiro Poeta não acredita em Arte que não seja Libertação. Saravá, Manuel Bandeira!
Parágrafo Dois
Poeta bebe porque é líquido. Se fosse sólido comia.
Parágrafo Três
Poeta é como a cana. Mesmo cortado, ralado, amassado, ao ser posto na moenda dos dias, ainda assim tem que dar açúcar-poesia
Inciso Um
Poeta também bebe para tornar as pessoas mais interessantes.
Parágrafo quatro
Poeta não viaja. Poeta bebe. E todo Poeta sabe, que o fígado faz mal à bebida.
Artigo Décimo-Sétimo
Poeta terá que ser rueiro como pétala de cristal sacro, frequentador de barzinhos como anjo notívago, freguês de saunas mistas como recolhedor de essências, plantador de trigais amarelos como iluminador de cenários, cevador de canteiros entre casebres de bosquíanos, entre o arado e a estrela, um arauto pós-moderno como declamador de salmos contemporâneos entre extraterrestres.
Parágrafo Único
Poeta rico deverá ainda mais amar o próximo como se a si mesmo, ajudando os fracos e oprimidos, os Sem Terra, Sem Teto, Sem Amor, para então se restar bem-aventurado e poder escrever cânticos sobre a condição humana no livro da vida. Poeta é antena da época. E o neoholocausto do liberalismo globalizador é o câncer que ergue e destrói coisas belas.
Artigo Décimo-Oitavo
A todo Poeta andarilho e peregrino como Cristo, São Francisco ou Gandhi, será dado seu quinhão de afeto, sua porção de Lar, seu travesseiro de pétalas de luz. Quem negar candeia, azeite e abrigo ao Poeta, nunca terá paz por séculos de gerações seguintes abandonadas entre o abismo e a ponte para a Terra do Nunca. Quem abrigar um Poeta, ganhará mais um anjo-da-guarda no coração do clã que então será abençoado até os fins dos tempos.
Parágrafo único
O sábio discute sabedoria com um outro sábio. Com um humilde o sábio aprende.
Artigo Décimo-Nono
Poeta poderá andar vestido como quiser, com chapéus de nuvens, pés de estrelas binárias ou mantras de ninhos de borboletas. Nenhum Poeta será criticado por fazer-se de louco pois os loucos herdarão a terra e são enviados dos deuses. “Deus deve amar os loucos/Criou-os tão poucos...” - Um Poeta poderá também andar nu, pois assim viemos e assim nos moldamos ao barro-olaria de nosso eio-Éden chamado Planeta Água. E a estética para o poeta não significa muito, somente o conteúdo é essência infinital.
Artigo Vigésimo
Poeta gosta de luxo também, mas deve lutar por uma paz social, sabendo a real grandeza bela de ser simples como vôo de pássaro, simples como pouso em hangar fantástico, simples como beira de rio ou vão de cerca de tabuínha verde. Só há pureza no simples.
Artigo Vigésimo-Primeiro
Nenhum Poeta, em tempo algum, por qualquer motivo deverá ser convocado para qualquer batalha, luta ou guerra. Mas poderá fazer revoluções sem violência. Poderá também ser solicitado para ser arauto da paz, enfermeiro de varizes da alma ou envernizador de cicatrizes no coração, oferecendo, confidente, um ombro amigo, um abraço de ternura, um adeus escondido feito recolhedor de aprendizados ou visitador de bençãos, ou ser circunstancialmente um rascunhador clandestino de alguma ridícula carta de suicida.
Artigo Vigésimo-Segundo
Mentira para o Poeta significa cruz certa. Aliás, poeta na verdade nunca mente, só inventa verdades tecnicamente inteiras e filosoficamente sistêmicas...
Artigo Vigésimo-Terceiro
Musa-Vítima do Poeta será enfermeira, psicóloga, amante, mulher-bandeira, berço esplêndido, Santa. Terá que ser acima de todas as convenções formais, pau para toda obra. No amor e na dor, na alegria e na tristeza, até num possível pacto de morte.
Artigo Vigésimo-Quarto
Poeta não paga pensão alimentícia. Ou se está com ele ou contra ele. Filha e sobrevivente de uma relação qualquer, ficarão sob sua guarda direta e imediata. Ex-Mulheres serão para sempre águas passadas que não movem moinhos, como velas ao vento de uma Nau Catarineta qualquer, como exercícios de abstrações entre cismas, ou como aprendizados de dezelos íntimos de quem procura calma para se coçar.
Artigo Vigésimo-Quinto
Revogam-se todas as disposições em contrário
CUMPRA-SE - DIVULGUE-SE
Brasil, Cinzas, Lua Cheia – Do jazz nasce a luz!
Poeta Silas Corrêa Leite, Educador e Jornalista – Membro da UBE-União Brasileira de Escritores
(Texto traduzido para o espanhol pela Poeta Dr. Antonio Everardo Glez, de Durango, México) - Breve tradução para o inglês, francês e italiano.
O escritor é autor do livro O Homem Que Virou Cerveja, Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio, Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador, Bahia, no prelo, Giz Editorial
Autor de Campo de Trigo Com Corvos, Editora Design, Contos, Finalista do Prêmio Telecom, Portugal

COPA 2010: Nós da Poesia em campo. Participe do Bolão Poético!


Poema visual de Ricardo Lamy
Aluno da 5ª série, da Escola EB2,3 Jacinto Correia Lagoa de Algarve, Portugal.


CONCURSO BOLÃO POÉTICO DA COPA IMERSÃO LATINA

Está aberto o Concurso Bolão Poético Imersão Latina. Os times escalados são: Brasil, Argentina, México, Chile, Uruguai, Paraguai e Honduras. Os poetas que forem de outros países podem participar, mas devem adotar uma das seleções acima para torcer durante a Copa.

As inscrições do Concurso Bolão Poético da Copa Imersão Latina estão abertas de 11 de junho a 11 de julho, período em que a bola está rolando nos campos da África do Sul.

O tema do concurso é: “Solidariedade no campo da poesia”;

Para participar cada poeta deve para o e-mail: nosdapoesia@imersaolatina.com :

1 a 5 poemas em um mesmo e-mail assinados com pseudônimo, minibiografia de 10 linhas, nome completo, data de nascimento, endereço residencial, e-mail, telefone e para qual seleção está torcendo.

Os poemas serão publicados no site http://imersaoaltina.com/
Será aberta uma votação popular no dia 26, durante a fase final da Copa e fase final do nosso concurso.

Premiação:

O resultado final do concurso será publicado no dia 12 de julho no site do Imersão Latina e comunicado aos ganhadores por e-mail;

Todos os participantes recebem certificados emitidos pelo Instituto Imersão Latina;
O primeiros colocados de cada país: Brasil, Argentina, México, Chile, Uruguai, Paraguai e Honduras vão formar o meio de campo do livro Nós da Poesia Volume 2, que será lançado na Bienal Internacional do Livro de São Paulo em agosto de 2010;
O poetas que forem classificados, mas não obtiverem o prêmio de edição, serão convidados a participar do livro Nós da Poesia de forma cooperativa;

Categoria Especial: Criança não é Brinquedo

Haverá um prêmio especial para os 3 primeiros poetas mirins, com até 12 anos de idade que particarem do concurso. Nesta categoria os três primeiros colocados serão premiados com a publicação dos poemas no livro Nós da Poesia e receberão 10 exemplares, troféu e certificado.
O Instituto Imersão Latina (IMEL) é uma associação sem fins-lucrativos de escritores, jornalistas e artistas independentes. Trabalhamos pela defesa de direitos, principalmente ao da comunicação e de acesso à cultura. Defendemos a diversidade cultural e a solidadiedade entre os povos latino-americanos.
A antologia Nós da Poesia, volume 1 foi lançada em 2009 na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, no dia 11 de setembro com um ato poético pela paz, em um memorial às vítimas do golpe militar de 1973 no Chile e aos atentados de 2001 nos Estados Unidos. O volume reúne mais de 30 autores e duas homenagens: à poetisa e contista goiana Cora Coralina, no aniversário dos seus 120 anos e ao poeta e radialista mineiro Vicente Lima. Depois foram realizados saraus com leitura poética de poemas do livro em São Paulo, no Espaço da All Print Editora, em Belo Horizonte, no Restaurante Cozinha de Minas e na Bienal do Livro de Minas de 2010.

20% dos livros publicados são doados para bibliotecas comunitárias, centros culturais e ações de incentivo à leitura como o Paz e Poesia, movimento de distribuição gratuita de livros e de solidariedade entre poetas ativistas pela paz.

Nós da Poesia
pode ser adquirido com desconto no Espaço Criativo Coletivo Contorno, sede do Imersão Latina à av. do Contorno 4640, sala 701. CEP: 30110-028. Belo Horizonte, Minas Gerais/Brasil.
Tel: 55 + 3275-3212
Escritores que tenham interesse em publicar obras completas, podem enviar seus trabalhos para avaliação.

Conselho Editorial:

Brenda Marques Pena
Presidente do Instituto Imersão Latina

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Vice-Presidente do Instituto Imersão Latina

Maria Angélica Bilá Bernardes
Cônsul de Minas Gerais de Poetas del Mundo

Capa: Iara Abreu

Título do livro: Cláudio Márcio Barbosa

Arte final: Coletivo Contorno