sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pão e Poesia na Língua Portuguesa

©Lecy Pereira Sousa

Árvore dos PoemasUma matéria sobre a Árvore dos Poemas, criação do poeta mineiro Diovani Mendonça, veiculada no Jornal eletrônico e impresso Folha de Contagem, em sua edição n° 489 de 2008, começava com os seguintes dizeres:

Árvore dos Poemas’ - Diovvani Mendonça materializa poesias"

"Em um mundo cada vez mais agitado, onde não nos sobra tempo para contemplar as coisas simples da vida, onde até mesmo nossa alimentação é em meio ao corre-corre diário, nos surpreendemos quando nos deparamos com algumas idéias incomuns.”

”O que você acharia se encontrasse protegidas sob a sombra de uma árvore, diversas garrafas PET, contendo poemas e pudesse tranqüilamente s-a-b-o-r-e-á-l-o-s? Pois saiba, ela existe e foi materializada por Diovvani Mendonça, que trabalha em Contagem e mora num sítio em Esmeraldas. Após engarrafar os poemas ele os coloca na árvore. "Assim, ficam prontos os frutos-poemas, que ofereço ao paladar dos meus amigos e visitantes, pois eu queria uma forma de espalhar poemas e letras de músicas no sítio”, diz Diovani.”

O próprio poeta não cansa de afirmar que o Projeto Pão e Poesia é uma das sementes da Árvore dos Poemas.

Desde que foi lançado em 2008 (300.000 embalagens de pão com poesia e arte na frente e no verso) o Projeto Pão e Poesia vem fazendo uma trajetória tão linear que, de alguma forma, Pacote do Pão e Poesiaofusca sua própria origem. São muitas as histórias que podem ser contadas desde o lançamento oficial do Pão e Poesia (patrocinado na época por uma empresa de Contagem sem Lei de Incentivo) numa parceria com o projeto musical Stereoteca que consistia na apresentação de um novo nome da música mineira e um poeta convidado no teatro da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa em Belo Horizonte. O objetivo principal: distribuir os pacotes de pão em padarias interessadas no projeto.

A partir daí, semear poemas tem sido uma jornada para Diovani que viu o projeto cair no gosto das escolas que ora solicitam oficinas de montagem da Árvore dos Poemas, ora a exposição do Pão e Poesia.. A primeira escola de Minas Gerais a receber uma exposição do Pão e Poesia foi a Escola Municipal Giovanini Chiodi, localizada no bairro Ipê Amarelo em Contagem, onde Diovani fez questão de plantar uma muda de moringueira (árvore muito apreciada pelo poeta por suas qualidades).

Até agora, o Projeto Pão e Poesia conquistou dois prêmios do Ministério da Cultura sendo: primeiro lugar no Concurso Pontos de Mídia Livre(2009) e o Selo Prêmio Cultura Viva (2010). Também em 2010 o projeto recebeu o patrocínio da empresa V&M via Lei de Incentivo à Cultura do Estado de Minas Gerais (renovado em 2011) e desenvolve  oficinas do Pão e Poesia em 10 escolas estaduais em Belo Horizonte. O sucesso dessa experiência, que o poeta credita à sua pequena equipe de abnegados poetas-oficineiros (Marcos Fabrício, Ricardo Evangelista, Nov@to e Henrique) possibilitou a gravação recente de um programa para a TV Escola.

Em outubro de 2011 será inaugurada na cidade de Franca - SP, após a solicitação de educadores locais a Diovani Mendonça, uma Árvore dos Poemas. Possivelmente no mesmo mês, outra Árvore dos Poemas será inaugurada por educadores da cidade de Araras –SP, que fazem questão da presença de Diovani e custearão o seu transporte e sua estada na cidade.

Poeta Diovani MendonçaPara saber mais sobre a Árvore dos Poemas e o Projeto Pão e Poesia você pode visitar www.arvoredospoemas.blogspot.com , www.paoepoesia.org , www.paopoesia.blogspot.com . Para pesquisas acadêmicas é sugerido buscar na Internet  as palavras “Pão e Poesia”.

Menos preocupado com a mídia e mais preocupado em engravidar possibilidades, Diovani Mendonça segue semeando e também cometendo poemas em seu blog pessoal www.diovmendonca.blogspot.com (os compromissos fora da web são muitos, mas ele garante que não deixará de atualizar o blog)

Para finalizar, confira, abaixo, uma nota publicada na edição mais recente da revista Língua Portuguesa sobre o Projeto Pão e Poesia que segue seu caminho tal girino no brejo. Mineiramente. Novidades sempre são possíveis considerando que muitas são as sementes.