quarta-feira, 26 de maio de 2010

Plagiado, poema de Bilac fica em 35º lugar em concurso de Jundiaí


“O Pássaro Cativo”, conhecido poema de Olavo Bilac - jornalista carioca nascido em 1865 e membro fundador da Academia Brasileira de Letras - foi classificado em 35º lugar no Concurso de Poesia realizado pela Associação Preservação da Memória da Companhia Paulista, de Jundiaí.

O poema foi enviado por um dos participantes, que assinou com pseudônimo, conforme exigia o regulamento. Após a classificação de 50 poemas e publicação em revista, a falha da organização foi percebida. “A primeira edição do concurso foi decepcionante.

Ficamos frustrados e não vamos mais realizar uma próxima edição no ano que vem em função do que ocorreu, mas não desmerecemos os outros classificados. Infelizmente só percebemos que era o poema de Olavo Bilac quando a revista já estava impressa”, lamenta o presidente da associação, Eusébio Pereira dos Santos. De acordo com a escritora Júlia Fernandes Heimann, que participou da comissão julgadora do concurso ao lado das poetisas Valquíria Gesqui Malagoli e Renata Iacovino, o texto passou despercebido entre outros 96 recebidos pela associação. “Fizemos um documento assim que percebemos o equívoco e o participante não recebeu o prêmio.

Isso acontece em alguns concursos; não é inédito, pois já recebemos poemas de Vinícius de Moraes, por exemplo. A gente nunca imagina que uma pessoa pode ter uma atitude dessa e também não temos um computador na cabeça pra lembrar dos poemas de autores conhecidos. O concurso exigia apenas poesias inéditas, com temática livre”, justifica a escritora.

Texto enviado por Delasnieve Daspet - Embaixadora do Brasil de Poetas del Mundo

3 comentários:

  1. Não é de se estranhar que isto aconteça.
    Enquanto umas pessoas tem o dom de acreditar e confiar em outrens, alguns outros o tem para enganar, ludibriar e desmerecer a boa fé.
    Mas confesso que, com a inernet dando tanto suporte, a coordenação do evento não teve a maldade de consultar esta fonte rica em informações para confirmar o ineditismo do texto.
    Abraços,
    Rita de Amorim.

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  2. "não temos um computador na cabeça pra lembrar dos poemas de autores conhecidos"

    Pra quê um computador na cabeça? basta um em cima da mesa, conectado na Internet mesmo. Digita o primeiro verso entre aspas no Google e vê o que retorna. 96 poemas não é tanto assim, é tranquilamente factível.

    Agora, tá mal o Bilac, hein? 35° lugar… :)

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  3. Poema de Bilac para infância. Pesquisa google com as primeiras linhas retornou 657 resultados (0,52 segundos) http://bit.ly/ajGg0o

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